Páginas

1 de março de 2011

Amedrontada.

Tenho medo devo confessar. Medo de perder a unica coisa que foi a mim atribuida, a minha unica maneira de gritar meus medos e segredos. Minhas mãos se posicionam firmes, segurando fragilmente a caneta diante do papel em branco, e pela primeira vez, desde que aprendi o alfabeto, faltaram-me palavras. Eu não tenho nenhum talento especial, na verdade nem talento tenho, mas as palavras tinham um carinho especial por mim, assim como eu tinha por elas, e nós mantinhamos essa relação bonita, que agora me parece tão extinta. Já me peguei chorando a noite de tão amedrontada então me apego a vicios que me acalmam, cigarros, bebidas ... .Não posso perder minha amiga, minha companheira de horas dificeis e arco-iris. Mas creio que por enquanto, só me resta temer e esperar até que o tempo decida o meu destino.