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21 de setembro de 2010

quando eu assassinei meu melhor amigo !


               Ele tinha 70 anos quando chegou ao hospital com alzheimer, os tratamentos iam bem, a doença chegou a congelar, ele estava tão feliz, tão vivo, eu nunca havia visto ninguém assim, os anos passavam mas seu espírito ainda era o mesmo jovem e aventureiro de tempos atrás.Com o tempo nós nos tornamos dependentes um do outro, íamos ao parque, ele me contava suas histórias de vida, as viagens pelo mundo, e eu lhe contava histórias dos livros, eu lia pra ele todos as noites. 
             No meu aniversário de 32 anos, ele fugiu do hospital foi até sua antiga casa, e me trouxe uma bailarina rosa que ele havia ganhado de uma bailarina russa da qual ele foi apaixonado e que sempre me causou tanto fascinio quando ele me contava. 
             Estavamos mais ligados que nunca, ele era meu melhor amigo, e eu sua melhor amiga, mas então o tratamento foi perdendo a eficácia, e a doença progredindo, e no seu aniversário de 78 anos o meu pete nem falava com precisão.
           Peter Harrison, diagnóstico : alzheimer avançado. 
           Era isso que constava na ficha de pete, e era isso que me destrói a cada manhã em que ia lhe prescrever um remédio. Era uma sexta feira a noite quando eu estava dando a sopa para pete, ele recobrou a lucidez por alguns poucos minutos e sussurrou : 
           - Me deixe partir annie, não deixe isso continuar minha pequena, me liberte, me mate !
          Aquelas palavras foram duras e cortantes, mas eu sabia que eram verdadeiras, pete não era mais o mesmo, não era o meu menino das aventuras contadas, histórias lidas e sorrisos compartilhados, era apenas um corpo agora , que se degradava e entregava lentamente a uma doença cruel.
          E então eu me vi com a seringa a mão, puxei um pouco de ar, beijei-lhe o alto da testa, seus olhos antes fitavam a parede, se viraram para mim, e eu senti meu pete ali mais uma vez, eu lhe injetei o ar, e ele sorriu. Sua mão que antes segurava a minha caiu sobre a cama, juntamente com minhas lágrimas. 

               Inspirado em um episódio de Ghost Whisperer !

20 de setembro de 2010

           Minha vida anda meio de cabeça pra baixo, não sinto sono na hora de dormir, nem vontade de acordar. Ando tendo sonhos estranhos, sobre pessoas que não conheço, ando sonhando muito, dormindo e acordada. Talvez seja mesmo desnaturada, meus olhos, como diria machado de assis são de cigana oblíqua e dissimulada, - os olhos são as janelas da alma -.
           Ah, meus pensamentos com certeza são dissimulados, não obedecem as regras nem os padrões, são atrevidos, malcriados. São tortos. A quem diga que sou louca, não meço as conseqüência de meus atos, bem a essas pessoas só posso afirmar que estão certas, a sanidade é uma dádiva de poucos e eu certamente não me incluo nessa lista.
              Para não fujir as minhas maluquices meu coração também é desregulado, bate hora forte hora fraco, se apaixona e desapaixona com extrema facilidade. Talvez por isso eu chore e ria tanto .
              Meus amigos fazem jus a mim, são todos bem amalucados, todos os seis, eles são bem estranhos , mas principalmente engraçados, nem sei o que dizer daqueles abestalhados. Bem eis aqui algumas palavras rabiscadas de uma garota oblíqua e dissimulada.

14 de setembro de 2010

Sit, wait , and watch me die !

Seus olhos correm por meu corpo caido, um sorriso mórbido se forma em seus lábios, seu trabalho está feito você acabou com mais um alvo, devo-lhe meus mais sinceros parabéns ! O sangue escorre quente de meu coração partido, você me olha, estou fraca, mas reuno todas as minhas forças e sussurro :
- Sente, espere , e me asssista morrer ! E então abrirei mão de todos os meus segredos agora, não preciso de outra mentira perfeita, minha vida não durará o suficiente para me fazer arrepender. Você foi a única pessoa que eu amei, meu único motivo de seguir, foi meu único amigo, você era minha vida, e agora esta indo aos poucos com o fluxo da minha corrente sanguinea para fora do meu corpo, eis ai minha única verdade.
 O seu sorriso fica mais largo, você se senta, segura minha mão de leve e desta vez quem sussurra é você:
- Eu a amo.
 Eu sorri, o sangue escorria por meu corpo enquanto eu me entregava a morte, e ao sorriso de mais uma vez você ignorar o que eu peço, mas não me restando muito, me entrego a mais uma mentira sua.

Um real.

      Era uma tarde ensolarada, e o sinal de uma escola conceituada tocou. Uma garotinha de rua com seus 6 anos foi atraída até o carro de uma mulher que havia ido buscar o filho.
      Os olhos da pequena brilhavam ao ver as jóias reluzente da mulher, então caminhou até ela e perguntou : 
      - A senhora, tem um real ?
      A mulher, com um olhar opressor e talvez até nojo respondeu que não. Então a menina colocou suas pequenas e machucadas mãos em seu bolso estragado e tirou de lá, uma moeda de um real e com delicadeza a colocou na mão da mulher.
       - Bem, então eu lhe dou.
       E a pequena saiu aos pulos e sorrisos porque em sua mente pura e inocente, havia ajudado alguém !


             Baseado em uma história real !

13 de setembro de 2010

I’m forced to fake, a smile a laugh everyday in my life.


          16 anos, e continuo a mesma merda. Colégio, casa, alguns poucos telefonemas ao mês, muitas lágrimas, muitas carteiras de cigarro, e música alta. Minha vida se resume a isso. Minha família espera sorrisos, risadas, conversas entusiasmadas, então eu sou obrigada a fingir. Finjo não por querer, mas por ter preguiça de ouvir todas aquelas perguntas sobre o por que de eu estar triste, ou teorias patéticas sobre isso ser efeito da adolescência
           Forço os músculos da minha boca para cima, com todas as minhas forças, e o máximo que consigo é um sorriso amarelo, mas eles parecem não se importar, se apegam ao resquício de esperança e uma grande porção de ilusão, e se enganam na cara dura, que eu estou feliz,  que eu estou bem.
          Mas só eu, meus cigarros, minha música e meu canto escuro sabemos como me sinto, só nós sabemos o quão vazia eu sou, e quantas lágrimas uma garota pode derramar. O único ato que eu faço sem ter que forçar, é chorar, e isso, bem, é no que se resume grande parte dos meus dias.
          Meus amigos, me dão algumas risadas e uma brisa de sorrisos paira sobre mim quase sempre que eles estão por perto. Mas como uma boa brisa, ela se vai, e eu volto a minha nostalgia desses momentos com mais lágrimas nos olhos. 
         Essa merda, vem a ser minha rotina melancólica e patética, explicada com maior número de palavras que eu pude colocar. Fim. 

9 de setembro de 2010

someone to take me by the hand !

       Algo diz para eu ir embora, talves seja minha consciência, mas algo me impede de partir, e esse segundo algo é meu coração, que se fez vítima do seu olhar. Decidi mais de uma vez partir, e mais de uma vez voltei atrás por não me ver sem você. Eu chorei, mais do que deveria por você, e só recebia sorrisos cínicos e sarcásticos de retorno, enquanto mais uma vez partia meu coração; 
      Talvez essa seja a minha sina, ser otária, idiota, ser pra sempre um brinquedo na sua mão, ou talvez só me falta alguém para segurar na minha mão, e me mostrar como seguir em frente.

8 de setembro de 2010

mil setecentos e vinte quilômetros.

           Noites acordadas, lágrimas derramadas, sorrisos e beijos enviados ao vento, marcam a amizade mais forte e pura que eu já vi e senti, marcam o maior amor do mundo, entre dois melhores amigos, entre um bobão e uma boboca, um príncipe e uma princesa.
         Minhas mãos correm freneticamente pelo teclado, enquanto sorrisos formam aos montes em meu rosto. A caneta escreve palavras vindas do meu coração, formando cartas que direciono a você. E meus pensamentos, bem eles nem preciso dizer, que pertencem a você, só a você.
        Meu anjo, você tem o controle total sobre meus sentimentos, e prova isso a cada minuto : agora ri, agora chora. Bem assim as coisas que acontecem apenas uma palavra sua é capaz de me causar do mais triste ao mais feliz sentimento, talvez uma pessoa não devesse depender tanto da outra, mas eu não me importo, na verdade eu amo esse sentimento de dependência, amo ter essa necessidade de você.
        Ah my prince kawaii, você é tudo para mim, tudo e mais um pouco, e quando falo com você, esses 1720 quilômetros que nos separam desaparecem por alguns instantes, o tempo que falo com você, me faz bem, tão bem, me entorpece dessa dor que a ausência me causa. Eu só tenho que te agradecer meu amor, agradecer por respirar, e causar em mim, o melhor dos sentimentos existente, e em troca lhe prometo, eu vou ser para sempre sua mi, pra sempre a pessoa que mais te ama no mundo, e que vai amar até o último suspiro e se existir algo mais, até depois de parar de respirar. 
            Eu te amo, por fim das contas , essas 3 palavras resumem tudo que eu sinto por ti my prince kawaii<3

I survived you,

       Eu sobrevivi a você, e isso meu querido é mais do que eu sempre esperei, achava que quando você se fosse minha felicidade, minha vida iriam com você, mas eu estava errada. Chorei, sofri, gritei, mas passou, passou como você e agora nem me lembro mais por que eu me martirizei tanto quando você se foi, ou sofri tanto por suas palavras rudes.
     Enfim, você me serviu de algo, me fez perceber o quanto sofrer por amor é patético e inútil. E o quanto é fácil, sobreviver a  um " amor eterno " ou esquecer o primeiro namorado. 
     Obrigada por me mostrar sua inutilidade em minha vida :)

participação especial, Renata Wercelens !