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5 de abril de 2010

Carta à Sophie

Pego-me pensando até hoje naquele verão de 1995, em que vi pela primeira vez o brilho de seu sorriso, em que pela primeira vez senti o doce gosto de seu beijo puro, em que pela primeira vez descobri a dor de um grande amor.
Éramos jovens e irresponsáveis, não importava nada, lembro-me de quando tentei escrever-te um bilhete em uma noite chuvosa:
Minha Sophie, espero-te no mesmo lugar de sempre
às nove horas como de costume
enfim minha sophie poderemos ficar juntos
não importa o passado.
Não consegui enviar-te, apesar de meu amor incondicionalmente grande por ti, ainda haviam resquisos daquele ódio mortal recém descoberto que nos dividia! Senti medo, confesso-lhe, medo de que não me aceitasse por agora, saber quem sou, medo de perder-te para um ódio centenário que eu mesmo não sabia de onde se originava, então minha Sophie entreguei o bilhete a chuva e fui dormir, peso-lhe desculpas por ter sido tão covarde.
Mas não se preocupes, tive minha punição, durmo e acordo todos os dias com a imagem de seu rosto angelical em minha mente, choro todos os dias ao lembrar o quão felizes fomos um dia.
E agora chega-me esta carta dizendo que tivemos um filho, não sei por que decidiu contar-me isso agora, 15 anos depois, mas fez-me o homem mais feliz do mundo ao me dar esta noticia junto a um " eu ainda te amo " espero que um dia possa me perdoar sinceramente.
Nunca deixei de te amar, nem por um segundo se quer desde aquele verão de 1995!
De seu eterno amor : Romeu


"meu único amor, nascido do meu único ódio !
"
passagem do livro Romeu e Julieta - William Shakespeare

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