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5 de agosto de 2010

vegetariana.

Estou presa em uma gaiola, me sinto acoada, amedrontada, eles me olham, riem de mim, esperam que eu faça algo que os divirtam, eu quero chorar, quero me enfiar embaixo da minha cama quando fazia quando tinha 5 anos, mas eles não me deixam sair, parecem não entender o que eu digo, um garoto se aproxima com a mãe, e a pergunta:
- Mamãe, que bixo é esse ?
   Eu me assusto, o que está acontecendo ? Eles me trazem comida, grama , eu grito. Acordo.
 O relógio marcava meio dia, escovei os dentes e desci.
- Bom dia filha.
- Bom dia mamãe.
- Venha almoçar, temos carne ao molho madeira.
- Não estou com fome mamãe.
   Sai, fui até o jardim, onde borboletas voavam livrimente e viviam suas vidas, sem machucar ninguém, sem maldade. Aquilo me deixou maravilhada, mas ao mesmo tempo me fez ver o quão patéticos, nós humanos somos, prendemos animais em jaulas, mas nunca nos colocamos em seu lugar, nunca se quer paramos para pensar no quão assustador pode ser, eu sabia o quanto, meu sonho havia sido bastante real e traumatizante. Nós matamos animais que não tem como se defender de todas as armas e táticas de que usamos para mata-los e comercializa-los. E com tudo isso, nós seres humanos nos consideramos racionais, inteligentes, astutos. Eu tenho outras palavras que pode nos definir com maior precisão : injustos, covardes, patéticos.
  Meu sonho, me fez ver  como são as coisas realmente, eu chorei, como podemos ser tão crueis ?
    Levantei-me, enxuguei minhas lágrimas e entrei em casa.
- Quer comer agora meu amor ?
- Não mamãe, a partir de hoje, sou vegetariana !

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