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8 de junho de 2011

distantes mas próximos.

          Sua mãe a sacudiu levemente.
 " Filha, está tudo bem ? "
 "Sim mamãe " ela respondeu ainda sonolenta. " Por que me acordou ? "
 "Estava falando aquele nome outra  vez, e gritava, achei que fosse um pesadelo "
 " Eu não me lembro de nenhum pesadelo, estou com sono, vou voltar a dormir. Boa noite mãe. "
         Ela mentiu. Se lembrava com clareza do que havia sonhado, ela estava com ele, andando pela rua, ele a segurava em seus braços e ela podia claramente ouvir a música "Talking to the moon". Ele sorria, e ela não podia conter o sorriso também. Só os dois. Como ela sempre sonhava, mas esse era o problema, o único momento em que eles estavam realmente juntos era em seus sonhos, que acabavam por terminar mal, e ela gritava.
          Todos os dias eles conversavam horas e horas pela internet, mas nunca parecia ser o bastante. Ela ia dormir 2 as vezes até 4 da manha mesmo tendo que acordar as 6 para ir ao colégio, mas ela não ligava para o quanto dormiria, ou se ficaria cansada. Falar com ele a fazia sentir especial, amada. Ele realmente a amava. Amava faze-la rir, mesmo que pra isso tivesse de engolir sua dor.
          Era um amor verdadeiro e extremamente forte. Mas era um amor que doía mais que o corte de mil facas afiadas. Um amor separado por milhas e milhas. Um país de distancia.
          Mas nem mesmo essa cruel peça do acaso os faria parar, ou amar menos um ao outro. Eles estavam distantes fisicamente, mas suas almas estavam entrelaçadas desde o primeiro EU TE AMO.

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